quarta-feira, 27 de junho de 2012

Adivinha quem chegou?


A dona BIRRA, sim...a própria. E o pior, sem ser chamada! E claro, pegando a mamãe aqui de surpresa e me deixando sem saber o que fazer pra recebê-la, mesmo estando por dentrissímo do assunto, mesmo tendo lido e relido diversas vezes artigos relacionados, mesmo lendo relatos das mamães nos blogs, conversado com outras mães, o que acontece é que a realidade é totalmente outra e que nossos filhos são seres únicos e cada mãe educa de uma maneira...o que às vezes funciona com um, não é garantido com outro. O jeito é ir aprendendo a lidar com as situações no dia-a-dia mesmo, com muita paciência e carinho.
Mas então, eis que a Alissa é uma criança boazinha, não é de dar trabalho, gosta de brincar, ter crianças por perto, gosta de passear, e ficar andando onde tenha espaço. Só que agora que ela já não é mais uma bebezinha dependente de nós, que tem as próprias vontades mas que não sabe falar, se expressar para que entendamos suas vontades. Aí é que entra essa dona Birra. Tudo começa com um chorinho, com os primeiros não que a criança recebe, e conforme o tempo vai passando esse simples choro vai ganhando maiores proporções. E com a minha pequena não foi diferente. Aqui em casa, quem cuida, que faz a parte chata mesmo, que a Alissa não gosta, sou eu, quem educa, quem diz os nãos, quem é firme nas atitudes de não deixá-la fazer tudo o que quer, tudo sobra pra mamãe que vos escreve, tanto que comigo ela age de uma maneira, e quando o pai está por perto, é uma outra criança, faz manha, fica choramingando querendo alguma coisa que ele nunca sabe o que é....e ele, como pai de primeira viagem que nunca lidou com nenhuma criança antes, faz todas as vontades da baixinha. Sei que ele faz tudo pra agradá-la, mas ele tem que entender que crianças tem que ter limites, e que isso se aprende de pequeno mesmo. 
Esses dias ele chegou em casa do trabalho e queria sair com a gente, levar a família pra passear um pouco. No começo eu não queria ir, estava um pouco cansada e também porque já estava um pouco tarde e eu tinha que preparar a janta da Alissa. Mas fomos, afinal ficar com a família é tudo de bom. Fomos no Muffato, colocamos a Alissa em um carrinho de compras, daqueles com carrinho embaixo, e ela estava se sentindo "a tal" girando aquele volante de um lado pro outro. Em cima coloquei a mamadeira com o suco e minha bolsa. No caminho, encontramos um casal de amigos, conversamos um pouco e quando estavam indo embora, eles mostraram a madeira do suco pra Alissa. Pra quê? Chorou, e eu não quis dar a mamadeira pois ela ainda não tinha jantado e o pai querendo dar, mas mantive a minha opinião e ela chorou que quase caiu pra fora do carrinho se eu não a segurasse pelo braço. Nisso todo mundo já olhando, peguei-a no colo e fui distraí-la com outra coisa. Passou. Depois entrou no carrinho novamente, quis sair, ficou dentro do carrinho de compras, quis sair de novo, e foi pro chão. Gosta de pegar os produtos, não importa quais são, e colocar no carrinho. Deixamos um pouco só, e quando fui pegá-la chorou de novo, abaixou no chão pra eu não pegá-la, mas peguei mesmo assim, e novamente, platéia, claro...afinal de contas, todo show tem que ter né?! Senão fica sem graça... E não adianta perdermos a paciência, brigar, bater, pois isso só reforça esse tipo de comportamento, onde eles podem entender que as reações são parecidas. Então saí e fui conversando com ela tentando acalmá-la. Logo se distraiu com outra coisa e fomos jantar, pra ir pra casa, pois com sono sei que as manhas pioram. Passado o episódio o papai viu que tem que ser firme, saber dizer não na hora certa....paciência eu nem peço pra ele, pois com ela ele tem de sobra, muito mais que eu até. Depois de passada essa situação, ficamos um pouco preocupados e conversamos bastante pra tentar fazer o melhor por nossa filha, pois temos que aprender a lidar com nossos filhos, e o caminho para isso é por meio de tentativa e erro.
Bom, essa foi a primeira. Eis que ontem, a priminha Letícia e minha cunhada vieram trazer uma sopinha pra Alissa jantar, e aproveitar pras duas brincarem um pouco. Mas não foi isso que aconteceu. Desde a hora que chegou a Alissa se irritava com a Letícia, puxava sua roupinha, sua mão, não deixava ela pegar suas coisas e eu dava bronca, dizia que tinha que fazer carinho, que era feio o que ela estava fazendo, mas nada adiantava. Achei que fosse fome, engano meu, não quis comer nem 3 colheres. Achei que fosse culpa do sono fora de hora, pois não havia dormido de tarde, foi dormir às 18:30h. Achei que fosse ciúmes. Achei que talvez fosse o dente. Achei várias coisas, mas a única coisa que eu sabia naquela hora é que eu não estava reconhecendo minha filha, que ela nunca tinha agido dessa forma antes. Ela estava irritada, brava, sem saber o que queria, e descontando tudo em sua prima e quanto mais nervosa e perdida que eu ficava com a situação, mais ela se irritava. Fiquei totalmente sem saber o que fazer, como agir, se pedia desculpas pra cunhada, se ficava brava com ela...só sei que ela não deixou a prima em paz até a horas delas irem embora. E depois que foram, sentei com ela no sofá e confesso, chorei....chorei aquele choro de decepção, choro por não saber o que estava acontecendo com ela, me perguntando onde estou errando, e me sentindo a pior mãe do mundo, e tudo piorou um pouco mais quando olhei pra ela, e ela sem entender nada, e me vendo chorando, chorou também e me abraçou. Me partiu o coração ver meu pinguinho de gente, ali, sem poder falar o que estava acontecendo. A abracei mais forte, e ela se soltava pra olhar se eu tinha parado de chorar, tadinha. Logo depois, chegou o marido e seus dindos com as priminhas, e a Alissa se comportou normalmente, comeu um pouquinho de carne com o papai, tomou suco...brincou com as primas. Fomos dormir já era quase meia noite. Alissa foi dormir com o papai, mamou uma mamadeira cheia e o pai, achou que ela queria mais, fez mais meia....olha o juizooooo. Mas ela mamou. Quando deu umas 2 horas da madrugada, a Alissa acordou num choro inconsolável, não queria ficar na cama, não queria ficar no colo nem meu nem do pai, não queria ir pro chão e chorava....coisa tbm que nunca nos aconteceu antes. Ficou assim por mais de um hora. Resolvemos descer com ela e tentar assistir desenho, achando que ela queria ficar acordada, mas não era tbm. Só podia ser alguma dor, demos parecetamol. E nada, pois demora um pouco pra fazer efeito. E nesse meio tempo, o vizinho, muito ridículo começou a bater na parede, bater as portas, como se estivesse nos mandando ficar quietos. Acredita?! Que raiva, eu ja estava nervosa, com isso fiquei mais ainda, onde já se viu isso...como se eu quisesse que minha filha estivesse chorando altas horas de madrugada, quem mandou ele morar em casas geminadas, totalmente sem noção. Tá, mas a pequena ainda estava incomodada com algo que não sabíamos o que era. Foi aí que resolvemos ir dar uma volta de carro pra ver se ela conseguia dormir. Dito e feito. Ela lutou contra o sono por bastante tempo, até que dormiu e fomos pra casa, já era 4 da manhã. Descemos com ela dormindo, mas foi só colocá-la na cama que despertou, só que dessa vez sem choro, brincando, fazendo gracinha, distribuindo beijos...sinal de que o sono tinha ido embora. Não teve outro jeito. Levantei com ela e a levei pra sala. A deixei brincar e ver seus desenhos. Eu caindo de sono, me aninhei no sofá com a coberta, e logo depois veio ela me pedindo colo. Deitou do meu lado, arrumou sua almofada e ficou vendo o desenho até pegar no sono, simples assim. Isso já era 6 horas da manhã. Capotamos na cama de tanta canseira. Ela só foi acordar às 11 horas. E de tarde dormiu quase 3 horas, mas percebi que seu sono esta diferente, que ela está assustada com alguma coisa, ão sei explicar. Mas ficamos bem preocupados com essas atitudes e por via das dúvidas vamos leva-la pra uma consulta com a pediatra pra ver se está tudo bem com ela. 
Eu sei que tudo são fases, e que essa é só mais uma que vai passar também. E ninguém me disse também que seria fácil lidar, mas eu desejo muito que esta fase seja branda e de muito aprendizado, que do mesmo jeito que essa D. Birra chegou, que vá embora...e o mais rápido possível! 
Beijosss gentemmm!


Um comentário:

  1. Oi, Renanta, essa fase é bem complicada, birras e tb sonhos agitados, e lá vamos nós educar com pacinênca e acalmar durante as noite, nao é fácil, mas cada família vai achando o que dá certo, o importante é conversar mesmo,
    bjs

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